Grupo 2
Essa estrela do mar tem de dez a quatorze longos braços afilados com grandes manchas oculares nas pontas. Cada um deles é composto por cerca de cem ocelos complexos; em um exame minucioso, verificou-se que essas estruturas eram praticamente desprovidas de estruturas sensoriais e podem não ser funcionais. [2] O disco e os braços desta estrela do mar são revestidos de espinhos, armados de pedicelárias (pequenos órgãos em forma de garra ou chave). [3]
Possui ossículos ambulatoriais esqueléticos, ossículos adambulacrais quadrados, grandes placas em ângulo da boca em forma de leque que bloqueiam a junção entre a boca e o sulco do tubo (sinapomorfia da Classe Asteroidea). Possuem quadro oral inteiramente interno, placa invertida em forma de Y ausente e disco abdominal com pavimento de placas em formato discoide (autapomorfia de Novodinia). [4]
A N. antillensis faz uma associação com esponjas, gorgônias, hidrozoários, crinóides perseguidos, crinóides comatulídeos, opiácanos e estrelas quebradiças filtrando a alimentação. É mostrada como uma oportunista capaz de capturar crustáceos planctônicos vivos de uma ampla variedade de tamanhos. A estrela do mar estende seus 10 a 14 braços em correntes de água para formar uma ventoinha de alimentação com uma grande área de superfície e usa pedicelária altamente retentiva nas espinhas laterais do braço para agarrar e reter presas. Os braços flexíveis formam alças para concluir a captura. [5]
Ela pode ser encontrada em substratos duros onde a correnteza é forte. Também pode ser encontrada em anexo à esponjas grandes, leques-marinhos e corais pedregosos. Encontrados em profundidades de 610 a 748 m. [5] Teve ocorrência em locais como Bacia de Campos (RJ), [6] Colômbia, EUA, Bahamas, México. [7]
Classificação da espécie:
Reino: Animalia Filo: Echinodermata Classe: Asteroidea Ordem: Brisingida Família: Brisingidae Gênero: Novodinia Espécie: Novodinia antillensis (A.H. Clark, 1934) [1]
Referências:
[1] Mah, CL (2019). Banco de Dados Mundial Asteroidea. Novodinia antillensis (AH Clark, 1934). Acessado por: Registro Mundial de Espécies Marinhas. Disponível em: <clique aqui para acessar o link>. Acessado em: 05/12/2019.
[2] DAVID, Bruno; GUILLE, Alain; FÉRAL, Jean-Pierre. Echinoderms Through Time. CRC Press. ed. [S. l.: s. n.], 1994. 20 p. ISBN 9054105143. Disponível em: <clique aqui para acessar o link>. Acessado em: 05/12/2019.
[3] CLARK, A.H. A new starfish from Puerto Rico. Smithsonian Miscellaneous Collections, Washington, v. 91, n. 14, p. 1-19, 1947. Disponível em: <clique aqui para acessar o link>. Acessado em: 05/12/2019.
[4] MAH, Christopher L. Taxonomy of the South Pacific brisingidan Brisingaster robillardi (Asteroidea) with new ontogenetic and phylogenetic information. ZOOSYSTEMA, San Francisco, EUA, v. 21, n. 3, p. 535-546, 1999. Disponível em: <clique aqui para acessar o link>. Acessado em: 05/12/2019.
[5] R., Emson H.; C., Young M. Feeding mechanism of the brisingid starfish Novodinia antillensis. Marine Biology, Florida, EUA, ano 1994, v. 118, n. 3, p. 433-442. Disponível em: <clique aqui para acessar o link>. Acessado em: 05/12/2019.
[6] CAMPOS, Lúcia; MOURA, Rafael; VERÍSSIMO, I.; CURBELO-FERNANDEZ, Maria; CAVALCANTI, G. H.; BRASIL, Ana. ROV imaging of deep-sea echinoderms from the Brazilian continental margin, Southwest Atlantic. Echinoderms: Durham - Proceedings of the 12th International Echinoderm Conference, [S. l.], p. 147-152, 2010. Disponível em: <clique aqui para acessar o link>. Acessado em: 05/12/2019.
[7] Disponível em: <clique aqui para acessar o link>. Acessado em: 05/12/2019.